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domingo, 8 de maio de 2011

Educação & Trabalho

Trabalho e educação são dois termos que andam juntos. Se por um lado o trabalho dignifica o homem, por outro, a educação lhe fornece os meios para não ser explorado. Historicamente falando, a educação era destinada apenas às elites. A questão do analfabetismo no Brasil, por exemplo, só foi colocada por motivos políticos. Quando verificou-se que a maioria esmagadora do país era analfabeta e comparou-se essa maioria em relação aos outros países, o fato acirrou os ânimos patrióticos, que começaram a se elevar pela causa da alfabetização. A questão do voto também fez com que políticas de alfabetização fossem introduzidas. A teoria do Capital Humano, na década de 70, explodiu com força total, tornando a educação em investimento, como forma de auferir retornos econômicos. Tão logo percebeu-se que o desemprego assolava até mesmo "os diplomados", a teoria foi arrefecida, sobretudo quando pesquisas começaram a demonstrar que ´para além do capital humano, a educação é influenciada por outros fatores, como o cultural e o socioecônomico. A LDB 5692/71 que instituiu a educação profissionalizante, serve para nós educadores, como uma experiência, afinal, tal lei foi instituida sem que condições de infraestrutura fossem ofertadas às escolas. Daí seu fracasso. Muitos textos falam da dicotomia da Educação no Brasil: por um lado uma educação voltada para o vestibular, por outro, uma educação voltada para o mundo do trabalho. Hoje, a educação no Brasil, se divide em dois níveis: a educação básica e o ensino superior. Entre esses dois níveis, surge uma profusão de cursos intermediários de caráter profissionalizante, e em sua maioria, privatizados. Essa salada que se tornou a educação no Brasil, tem nos levado a refletir, se esta situação não tem se convertido em reprodutora das diferenças. De um lado, uma educação de caráter geral, voltada para o vestibular. De outro, uma educação voltada para o mercado de trabalho, de forma mais rápida. É preciso fazer uma inserção na história, e verificar com a experiência passada pode ser luz para novas políticas. Afinal de contas, o país sempre inicia uma política e começa outra sobre as cinzas da anterior. É necessário refletir sobre a educação republicana que nunca se concretizou, antes de se falar em educação liberal. É necessário pensar que o Brasil é um dos paises que mais concentra a riqueza nas mãos de poucos. Essa desigualdade não pode mais ser tolerada. As políticas atuais de distribuição de recursos por aluno, intraestado, têm contribuído para melhorar a distribuição dentro dos estados. Mas, devemos nos lembrar que a distribuição entre regiões é muito desigual. Há uma grande desigualdade regional no Brasil. Portanto, há que se falar em redistribuição mais justa, conforme a necessidade de cada região. É óbvio, que o resultado de desempenho do Sul é melhor que do Nordeste. Alguém tem dúvida? Então, está na hora desses diagnósticos baseados em evidências, servirem como critério para uma distribuição mais igualitária dos recursos.

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